terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A responsabilidade de motoristas profissionais

Brasília tomou conhecimento de uma história difícil de acreditar: uma pequena colisão envolvendo uma ambulância cujo motorista estava... alcoolizado!



Claro que não há desculpa para o motorista, mas fica uma outra pergunta, complementando aquela com que a âncora Camila Guimarães termina a matéria: como um órgão ou uma empresa prestador(a) de serviço público escala para trabalhar como motorista uma pessoa sem condições sem condições para tal?

A ingestão de bebida alcoólica durante o horário de trabalho é uma falta que o empregador pode alegar não ter como controlar. Pode alegar, mas isso não o isenta da responsabilidade de promover programas de capacitação que incluam o tema. Porém, o que não encontra mesmo explicação é a carteira vencida.

O fato lembra uma outra ocorrência, em fevereiro deste ano, daquela vez com o desfecho trágico de dois óbitos. O motorista do ônibus, que veio a morrer alguns dias depois de receber alta do hospital para onde foi levado após o acidente, já tinha acumulado em seu prontuário no Detran pontos suficientes para ter a habilitação suspensa.

Refaço a pergunta: não cabe penalizar o órgão ou empresa que, por omissão ou irresponsabilidade, escala para o trabalho como motorista quem não reúne condições legais de dirigir?

Manual de Sobrevivência do Ciclista Urbano

Ganhei de Natal, do amigo e cicloativista Denir Miranda, um exemplar do excelente Manual de Sobrevivência do Ciclista Urbano, escrito por Sérgio Magalhães e produzido pela Associação Transporte Ativo. Muito bom! Recomendo a todo mundo, ciclista ou não, encomendar o seu.



Denir, muito obrigado. Espero que você tenha aproveitado bem os festejos natalinos e que o Ano Novo seja melhor do que todos os anos que já vivemos!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Só neste feriado?

A pergunta foi feita por meu filho (14 anos) hoje, quando estávamos almoçando e ele viu um filme educativo do Detran-DF. A peça traz uma sequência de imagens e a voz de um rapaz dizendo que gostaria de se formar, de se casar logo depois, de ver o time campeão etc. Mas, naquela hora, o que queria mesmo era não ter bebido antes de dirigir.

Até aí tudo bem. O que meu filho estranhou é a locução final, em off, enquanto a tela mostra a imagem de um carro batido com uma pessoa, desacordada, caída sobre o volante. Diz o locutor: "neste feriado, se for dirigir não beba"...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

[Nota do MPL-DF] Passe Livre para ontem!



Brasília, 30/11/09

Sobre denúnicias, máfias e comprometimentos...


"Eles traçam e destraçam o seu caminho. É a dança - dança do patinho. Eles mandam uma qualquer e tu leva fé direitinho. É a dança - dança do patinho" Bnegão - A verdadeira dança do patinho




O MPL recebeu, sem surpresa, a notícia de que houve corrupção durante a aprovação do Projeto de Lei do Passe Livre no Distrito Federal. Dizem que um famoso empresário dos transportes dedurou um esquema de propinas cobrado pelo governo para aprovação de uma emenda ao projeto, que tratava do benefício a portadores/as de necessidades especiais. Essa personalidade contrariou seu grupo e não pagou a sua parte do suborno ao governo, sendo perseguida. Embriagada em indignação, saiu a público para revelar o esquema de extorsão de membros da câmara legislativa, da bancada do governo. Sobre esse assunto nos posicionamos da seguinte maneira:

- O delator Valmir Amaral & Gangue (todos os outros empresários do transporte) sempre financiaram /participaram de esquemas de corrupção, seja nos processos de aumento de tarifa, no abatimento de impostos concedidos pelo Estado ou na fraudulenta aprovação do Brasília Integrada. Não há o que reclamar nem se vitimizar nesse processo. O dinheiro "não pago" que o faz inocente já foi o dinheiro pago que o faz bandido. Cadê o resto do dinheiro? O que os outros empresários fizeram? Abram a caixa de pandora dos transportes!!

- Nesse caso de corrupção dos governos - que explodiu agora com a caixa de pandora do Arruda/PaulOOctávio - vemos nada mais que a aplicação da política safada do GDF em seus sucessivos mandatos. Lutamos para que toda essa corja política seja destituída. Mas sempre almejamos mais. Queremos uma profunda transformação social, onde o poder seja da coletividade e não propriedade de uns e outros, sempre corruptíveis. Não se trata de mudar as peças ou regras do jogo, mas sim de destruir esse jogo e construir uma nova realidade, um novo cenário.

- Esse processo escroto do governo/Estado consegue converter a conquista de um direito social em mais uma maneira de realizar corrupção e lucrar em cima disso. Irônico, não? O direito ao passe livre, conquistado com muita luta, não pode ser prejudicado pelos jogos dos podres poderes. Passe Livre já! Ou melhor... PASSE LIVRE PARA ONTEM!

Seguiremos lutando por outro sistema de transportes, sem empresários, sem tarifas e com a municipalização dos serviços. Para isso, reinvidicamos o fim das concessões das empresas de transporte coletivo e Tarifa Zero Já!

Por uma vida sem catracas

Movimento Passe Livre - DF