quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A CMT, a Globo e o Crioulo Doido

Quem assistiu à matéria desta manhã no Bom Dia DF sobre a votação em segundo turno pela Câmara Legislativa da criação da CMT  deve ter lembrado do Crioulo Doido. Misturaram tudo. Liliane Cardoso disse que, para o PT, só a União teria competência para criar o órgão. Renata Feldmann atribuiu ao secretário Fraga a afirmação de que a função de Detran é "normativa". Este, por sua vez, disse que a posição contrária dos agentes do Detran se deve ao desejo que eles têm de usar armas e algemas. E por aí vai...

Ah, o leitor mais jovem pode estar estranhando o uso de uma expressão tão politicamente incorreta no título desta postagem. Tanto quanto estranham minhas turmas sempre que eu uso a expressão em sala de aula. Se esse é seu caso, aí vai (num vídeo de baixa qualidade, é verdade) o Samba do Crioulo Doido, de Stanislaw Ponte Preta, gravado pelo Quarteto em Cy


Um comentário:

miura disse...

Voltamos ao ponto, digo, a um dos pontos, esse publicamente “debatível”. O salário dos Agentes: o que se tem divulgado é que gira em torno de R$ 6.000,00 a R$ 7.000,00. O fato é que o SALÁRIO deles é de R$ 1.600,00. Não diferente de tantas outras categorias, conseguiram ao longo do tempo, ter reconhecido legalmente diversos adicionais: periculosidade, adicional noturno, horas extra, gratificação de atividade, etc. e por fim o tempo de serviço. A maioria deles já perto de se aposentar. Se, politicamente, foram competentes não caberia, agora, culpá-los ou transformá-los em bode expiatório numa pretensão de governo, que não está muito clara. Gastos? O salário aprovado para o Fiscal de Trânsito, depois de tanto barulho, é de inicialmente R$ 1.200,00. A diferença entre o que causa tanto espanto e o que se pretende praticar é de R$ 400,00. A diferença destes, para o que imbecilmente já denominam “salário de marajá”, os futuros agentes da autoridade de trânsito (Fiscais de Trânsito da CMT), certamente conseguirão numa demanda judicial.
E quanto à reconhecida insuficiente presença de fiscalizadores de trânsito, infelizmente, faz parte das prioridades políticas dos dirigentes. E aí não fica difícil entender e se “conformar”. A fiscalização eletrônica, útil e necessária como acessória, acaba transformando-se em principal por falta de visão e capacidade tecnica educativa dos que decidem o que é melhor para nós. E isso prevalece no momento presente.