Parece absurdo que alguém tenha tamanha desconsideração pela segurança alheia e pela sua própria, a ponto de desviar as atenções para a troca de torpedos, em lugar de concentrar-se 100% no trânsito. Mas não se pode duvidar do tamanho da estupidez humana. (Ainda outro dia passou por mim um sujeito que, de olhos grudados no retrovisor interno de seu carro, se barbeava com um barbeador elétrico.)
Voltando à matéria do JN, acho que ela merece ser vista, mesmo que pareça surrealista aos olhos dos mais sensatos. Mas faço um reparo à última fala, que coube a Heraldo Pereira. Ele diz que a legislação não é específica na proibição do envio de mensagens de texto ao volante. É verdade, mas será que seria correto especificar o torpedo e omitir o barbeador? Ou proibir torpedo e barbeador e omitir o batom?
O risco da especificação é permitir, tacitamente, tudo que não estiver especificado. Assim, prefiro ficar com o que o Código de Trânsito Brasileiro já prevê: dirigir com atenção e cuidados indispensáveis à segurança (art. 169) e com as duas mãos ao volante (art. 252, inciso V). O resto, eu deixaria por conta da fiscalização e das ações educativas. Nem tudo se alcança alterando a lei...
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